quarta-feira, 16 de novembro de 2011

VÊNUS AZUL


 Olhas  o mar
E,  vês a lua em prata,  refletida!
Numa  silhueta real,
Sabes  que é minha imagem,
Que  te observa.
Mentalmente,  emites um som rouco...
E,  captas minha alma,
Meus  desejos, minhas palavras  sufocadas.
Palavras  que reconheces
Desejos  tão iguais aos teus. 
 

Como  cúmplice, o mar,
Que  ouve nossas súplicas
Reconhece  nossa saudade,
Traduzindo-a  em brandas ondas
De  sutil harmonia,
Refletindo  a lua...
Neste  momento, tudo
Torna-se  único entre nós!
Pois,  o vento faz-se consolador
De  nossa tristeza 
 

Há  no espaço uma tristeza,
Uma  cruel certeza
De  que estamos em pura  imaginação
Em  total metáfora da natureza,
Que  revela 
A  luta pela liberdade  de duas almas
Presas  no limiar do tempo,
Da  pobre novela
Grafada  por um
Escritor-  cognominado- Ilusão!
 
     De.: Isabel Benedito dos Santos – 27/02/2005

Nenhum comentário:

Postar um comentário