quarta-feira, 23 de maio de 2012

Rio+20

Você já deve ter lido na internet ou visto na TV que, em 2012, o Brasil será sede de uma importante conferência da ONU - Organização das Nações Unidas: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, apelidada de Rio+20*. Mas você faz ideia do que acontecerá durante esse evento? Do que ele representa para o nosso futuro? 



Em junho, líderes dos 193 Estados que fazem parte da ONU, além de representantes de vários setores da Organização, se reunirão para discutir como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, inclusive para as futuras gerações. Uma grande responsabilidade, não é mesmo? 


A ideia da realização dessa Conferência no Brasil foi do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em 2007, fez a proposta para a ONU. E você sabe por que o evento recebeu o nome de Rio+20? Porque a reunião acontecerá no Rio de Janeiro, exatamente 20 anos depois de outra conferência internacional que tinha objetivos muito semelhantes: a Eco92, também promovida pela ONU, na capital fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o meio ambiente. 
 

Vinte anos depois, a Rio+20 reunirá os líderes de todo o mundo para fazer um balanço do que foi feito nas últimas duas décadas e discutir novas maneiras de recuperar os estragos que já fizemos no planeta, sem deixar de progredir. Mas pensar em alternativas para diminuir o impacto da humanidade na Terra não é responsabilidade, apenas, dos governantes: é nossa também. Afinal, todas as atitudes que tomamos no dia a dia - do tempo que demoramos para escovar os dentes ao meio de transporte que escolhemos para ir à escola - afetam, de alguma maneira, o planeta e, por consequência, nossa 
vida

Por isso, no mesmo período da reunião oficial da Rio+20, o Rio de Janeiro sediará, também, a Cúpula dos Povos: um evento que contará com debates, palestras e uma porção de outras atividades, sobre os mesmos temas da Conferência da ONU, mas que serão promovidos por grupos da sociedade civil - como ONGs e empresas. 

A ideia é que todos os setores da sociedade discutam, ao mesmo tempo, maneiras de transformar o planeta em um lugar melhor para vivermos. Afinal, a união faz a força, certo? E até mesmo quem estiver de fora dessas duas reuniões pode ajudar, pensando em maneiras de diminuir seu impacto na Terra. Que tal tomar banhos mais curtos? Ou desligar a TV, enquanto usa o computador e vice-versa? Pense em atitudes que você pode adotar para melhorar o planeta em que vivemos e compartilhe com seus amigos, pais e professores - e, também, aqui, com a gente! Você pode incentivar muitas outras pessoas a fazer o mesmo... 



sábado, 12 de maio de 2012

Mãe Má?...

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão?
Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia... Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês duas horas, enquanto limpavam o  seu quarto, tarefa que teria realizado em 15 minutos!
Eu os amei o suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que partiam meu coração...
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso... Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Eu, contente, venci!... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderam a lógica que motivas os pais e mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles perguntarem se sua mãe era má: "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo."
As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos e leite.
As outras crianças bebiam refrigerantes e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer feijão, arros, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam os filhos comerem vendo televisão... Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha de saber quem eram os nossos amigos e o que fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos... Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o tapete, esvaziar o lixo e todo tipo de trabalhos cruéis... Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer... Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos  a verdade, apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata. Ela não deixava nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de bater a porta e entrar para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com 12 e 13 anos, nós tivemos que esperar pelos 16...
Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência... Nenhum de nós esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime... Foi tudo por causa dela.... 
Agora que já saímos de casa, nós somos adultos honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", tal como nossa mãe foi.
Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: Não há suficiente Mães Más...