A recomendação de institucionalização do "Dia do Índio" tinha por objetivo geral, entre outros, outorgar aos governos americanos normas necessárias à orientação de suas políticas indigenistas. Já, em 1944, o Brasil celebrou a data, com solenidades, atividades educacionais e divulgação das culturas indígenas. Desde, então, existe a comemoração do "Dia do Índio".
Estima-se a existência de cerca de 200 sociedades indígenas no Brasil. O número exato não pode ser estabelecido, na medida em que existem grupos indígenas que vivem de forma autônoma, não mantendo contato regular com a sociedade nacional.
Estudo comparativo publicado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a população indígena está se espalhando mais pelo país e se concentrando, principalmente, nas áreas rurais. Entre 2000 e 2010, houve um aumento de 30% no número de índios que vivem no campo, passando de 350.829 para 502.783 pessoas. As regiões que registraram incremento mais significativo foram Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A região norte teve o maior crescimento, 77.000 indígenas, ou 46,2%. O Amazonas possui 20% da população autodeclarada indígena do país, com 168.700 pessoas. A menor população está no Rio Grande do Norte, com 2.500 (0,3%). Com exceção do Amazonas, que tem população indígena superior a 100.000, na maioria dos estados essa população está entre 15.000 e 60.000 índios.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem, dados do Censo 2010 que apontam que os indígenas estão presentes em 80,5% dos municípios brasileiros – um total de 4.480 cidades. A surpresa ficou para o Estado do Pará, onde se esperava residirem o maior número de índios.
Recentemente, foi criada a Associação dos Povos Indígenas Estudantes da Universidade Federal do Pará (Apoyeufpa), que reúne alunos índios que cursam graduação e pós-graduação.
As sociedades indígenas são muito diferenciadas entre si e, normalmente, essas diferenças não podem ser explicadas apenas em decorrência de fatores ecológicos ou razões econômicas.
Assim, os grupos indígenas do Brasil foram classificados em 11 áreas culturais: Norte-Amazônica; Juruá-Purus; Guaporé; Tapajós-Madeira; Alto-Xingu; Tocantins-Xingu; Pindaré-Gurupi; Paraná; Paraguai; Nordeste e Tietê-Uruguai.
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